A Umbanda vivencia o Evangelho de Jesus em sua essência através da manifestação do amor e da caridade prestada pela orientação dos Guias, Mentores e Protetores que recebem a irradiação dos Orixás. Encontramos no terreiro da verdadeira Umbanda entidades que trabalham com humildade, de forma serena, caritativa e gratuita; espíritos bondosos que não fazem distinção de raça, cor ou religião, e acolhem todos que buscam amparo e auxílio espiritual, conforto para dores, aflições e desequilíbrios das mais variadas ordens.

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quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Preciso tomar Banho de Sal Grosso...



Então vai tomar banho de mar…

O banho de mar é muitas vezes mais potente que o banho de sal grosso. Isso porque a água do mar possui elementos que o banho de sal grosso não possui (vitalizantes); além disso, temos o sol, que derrama suas energias depois que a pessoa se banha na praia.

O mar é conhecido pelos irmãos da Umbanda como “Calunga Grande”, que significa grande cemitério, que descarrega e absorve as energias negativas que estão impregnadas na aura dos seus frequentadores.

Diferente do banho de sal grosso, que descarrega energias positivas e negativas, o banho de mar limpa nossa aura e a imanta de energias positivas. É um santo remédio.

O mar é regido por um Orixá, que se chama Iemanjá e que é representado pela figura de Nossa Senhora, de braços abertos.

Essa figura representa a natureza passiva dessa “energia”, que recebe a todos de braços abertos, absorvendo com todo amor e carinho as energias negativas e doando, através do seu coração iluminado de luz, as poderosas energias que vem do alto.

Muitos ao ler este artigo dirão que nada sentiram antes, durante ou depois de mergulharem no mar. Reclamarão que nunca tiveram nenhum benefício “espiritual” por ter se banhado na praia.

Eu respondo com perguntas. Quantos ao entrar no mar buscaram se sintonizar com a maravilhosa energia viva que aí reside? Quantos entraram na água como crianças, que buscam o colo de uma mãe carinhosa, se entregando com confiança aos braços de uma matrona, que te abraça e abençoa? Quantos de nós já paramos e buscamos pensar que o mar não é só um monte de água salgada com ondas?

Sim, queridos irmãos, existe ali vida, em diversos planos. Desde dos pequenos elementais até os Devas. Os primeiros são os trabalhadores responsáveis por manter “viva” a vida marinha e os segundos são anjos que transformam as potentes energias que vêm do alto para benefício dos vegetais, animais e dos homens.

Podemos encontrar referência às poderosas energias do Mar no livro“Entre o Céu e a Terra”, de Francisco Cândido Xavier, pelo espírito André Luiz, no capítulo 5 – Valiosos Apontamentos :

“- O oceano é miraculoso reservatório de forças – elucidou Clarêncio, de maneira expressiva -; até aqui, muitos companheiros de nosso plano trazem os irmãos doentes, ainda ligados ao corpo da Terra, de modo a receberem refazimento e repouso”.

No livro “Faz parte do Meu Show”, de Robson Pinheiro, encontramos várias referências do benefício que os recém desencarnados recebem ao se aproximar das praias.

No livro “Voltei”, também escrito por Francisco Cândido Xavier, a equipe responsável pelo trabalho de ajuda aos recém-desencarnados faz os primeiros atendimentos na praia.

Antes de tomar o banho, sente-se na areia e busque a conexão com a mãe Terra (você está sentado na areia), olhe para o mar, admire sua beleza e busque entrar em contato com ele, entrando em uma faixa vibratória superior. Deixe que sua intuição lhe diga o momento certo de entrar no Mar. Entregue-se a ele como uma criança que se joga no colo da mãe, buscando ali uma fonte terna de carinho e amor. Não se preocupe em “sentir”, concentre-se no ato de se limpar no banho de mar e tenho certeza que Iemanjá fará sua parte.


Fonte>> http://www.tucabocloubirajara.com/

domingo, 23 de dezembro de 2012

Natal - Data Especial




No dia 25 de Dezembro que se aproxima comemora-se o nascimento do Mestre Jesus, Mestre Sananda, Jesus de Nazaré, Yeshua, Isa, Cristo.

Este Mestre da Hierarquia da Fé, veio ao mundo para ensinar ao homem, a venerar com Amor e Respeito o Deus nosso Pai Criador, que se manifesta em cada um de nós, pois todos somos Seres Divinos.

Jesus veio nos ensinar a venerar um Deus que encontramos em nosso interior, e não na figura do homem.

O simbolismo do momento, data “Nascimento de Jesus”, significa o nascimento do nosso Pai Criador em nossos respectivos íntimos. O instante em que somos capazes de nos voltar para nós mesmos, e reconhecer o nosso Deus Interior, a nossa Natureza Divina. E percebemos que a Vontade do Pai Maior pode se manifestar em nós.

Esta data significa o início do Caminho Místico, o qual trilhamos até que cheguemos de volta aos braços do Pai. E Mestre Jesus veio nos ensinar a trilhar esse caminho nos sentidos da Fé e do Amor.

Ao comemorá-la anualmente, estamos renovando a Fé e o Amor pelo Deus que habita em cada um de nós.

O Natal hoje se tornou um motivo para trocar presentes, enquanto o maior presente de todos já nos foi dado por Deus, que é poder ser um pedacinho dele. E o presente que podemos dar a alguém nesta data, é ver o Deus que há nela, reconhece-la como um ser Divino por isso perfeito, mas que pode somente estar neste momento desequilibrado.

No Natal todos estão mobilizados para preparar uma bela ceia, escolher a melhor roupa para usar, enfeitar a casa, brincar de Papai Noel. Este é o Natal da maioria das pessoas. Enquanto primeiro deveriam mobilizar-se para receber os aspectos divinos em nosso interior. A famosa frase “Jesus vem ceiar conosco esta noite” é falada em muitas casas neste dia, e é utilizada como motivo para preparar uma ceia estonteante. Isto é utilizar o Sagrado para justificar o Profano. “ Eis que bato a porta , SE abrires Eu entrarei e cearei contigo”…e muitos são os que não abrem a porta, pois estão envolvidos com a futilidade mundana. Lembrando mais algumas palavras “Onde houver dois ou três reunidos em Meu nome, eu estarei no meio deles.” E no Natal estamos nos reunindo em nome da troca dos presentes, das comidas saborosas, ou em respeito e reverência ao Mestre Jesus?

Una a sua família, acenda no íntimo de cada um a chama da Fé e do Amor, deem direção a esta data que está vazia de sentido. Avivem o Ser Divino de cada um, não importa como, se fazendo uma prece, um clamor, ou qualquer outra forma. Esta será a maneira que Deus se manifesta no seu interior, será a Vontade d’Ele.

Aos Magos, sugiro que também aproveitem o dia para se inspirar em Jesus, como um dos Grandes Magos que passou pela Terra. Na condição de Guardião dos Mistérios, auxiliou a todos que recorreram a ele. Amparado pelas Leis Divinas fez um lindo trabalho. E chamo a atenção também, para mais um simbolismo que há no “seu nascimento”: Os Três Reis Magos representam a Egrégora de Magia acolhendo o novo Mago que chegou para servir à Deus.

E, como Umbandista, não poderia deixar de falar que Nosso Amado Mestre Jesus trabalha da Hierarquia de Pai Oxalá, como um Oxalá Intermediário.

Portanto, desejo a todos que nesta data, todos se fortaleçam na Fé, livrando-se das ilusões e dos medos que os atormentam. E que através da Fé possam chegar ao Amor, Conhecimento, Justiça, Lei, Evolução e Geração.


Epa Babá Pai Oxalá! Agradeço ao Senhor por ter enviado um Senhor de sua hierarquia, para nos ensinar o que é a Fé; Para nos mostrar que não conseguimos chegar ao Pai Maior, sem passar pelo Primeiro Sentido da Vida que é a Fé. Peço hoje a sua benção a todos nós, que o Senhor nos ampare e estimule a nossa Fé sempre. Peço que envie a Sua Paz a todos nós agora e sempre. Amém!

Por Carla Guedes, com o auxílio dos Mestres Espirituais.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Sobre a Certeza



— Márcia você me desculpe lhe falar mais uma vez amiga, mas é que eu realmente penso que você deveria ir comigo lá no terreiro.

— Bobagem Vera, isto é coisa de ignorante!

— Ignorante amiga? Então quer dizer que você julga-me como tal?

— Não Vera! Apenas digo que as pessoas que fazem parte destes centros são ignorantes.

— Os médiuns?

— Exatamente!

— Mas lá na corrente do terreiro que eu freqüento como assistência existem médicos, professores, entre outros.

— Então, eles são doutos na profissão que exercem, mas ignorantes por acreditarem em contos de fadas.

— Desculpe pela insistência minha amiga, mas é que eu estou muito preocupada com esta sua tontura que nenhum dos médicos que você visitou encontrou explicação plausível.

— Eu sei Vera, eu sei!

— Então amiga, o que lhe custa dar uma chance para que as entidades que militam na Umbanda possam lhe auxiliar? Você não quer acabar com esta tontura?

— Puxa, já perdi as contas de quantas vezes você abordou este assunto comigo!!!

— Perdão! Eu não mais lhe aborrecerei!

— Não Vera, eu vou contigo! Está na hora de acabar com esta história de uma vez!

— Então você vai?

— Vou!

— Graças a Deus!

— Quando é a sessão?

— Hoje a noite, às 20:00 horas.

— Pode deixar que eu não faltarei.

Naquela sexta-feira à noite, precisamente às 20h45min, Márcia sentou-se em um toco para receber a consulta do Caboclo Rompe Mato que disse-lhe:

— Salve Tupã filha!

Ao que ela respondeu:

— Salve!

— Este Caboclo ignorante só gostaria de saber em que poderia auxiliá-la.

Márcia pensou: “será que esta entidade sabe o que eu penso a respeito desta seita?”

— Religião filha!

— Como?

— A Umbanda não é uma seita, é uma religião!

— Então você pode ler meus pensamentos?

— Posso ver somente aquilo que Tupã julgar que seja importante para auxiliá-la.

— Então por que você... Caboclo Rompe Mato, não é isso?

— Exatamente!

— Por que você não me diz o que vim fazer aqui nesta noite? Será que Deus permitiria que você visse?

— Já vi!

— Viu?

— Você pode até não saber, mas veio até aqui para acabar com uma certeza dentro de você!

— Acho que você não viu direito!

— Filha eu não devo tentar convencê-la de nada. Eu só posso dizer aquilo que a Lei me permita revelar.

— Mas de que certeza você está falando?

— Da mesma certeza que o vosso pai explicou-lhe aos cinco anos de idade!

— Meu falecido pai?

— Exatamente, lá no circo.

— Não me recordo.

— Filha você se lembra quando seu pai lhe explicou como é possível um animal robusto como o elefante ficar preso em um pequenino toco de madeira?

Os olhos de Márcia marejaram com as recordações do pai saudoso e ela respondeu ao Caboclo:

— Lembro.

— Então, o seu pai lhe explicou que o elefante desde pequenino tem uma corda amarrada em seu corpo que o prende a um fortíssimo tronco de árvore, não foi?

— Exatamente!

— E como o elefante tenta inúmeras vezes se libertar daquela corda e não consegue um dia ele acaba desistindo de tentar fazer isto justamente por ter a certeza de que isto seria impossível.

— Meu Deus, mas como o senhor pode saber disto?

— Filha não precisa chamar-me de senhor, continue a tratar-me de você.

— Acho impressionante como o senhor pode saber de uma coisa tão antiga, entretanto devo lhe dizer que se enganou quanto ao motivo que me trouxe até aqui esta noite.

— Verdade filha?

— Sim. Vim até aqui por que estou com uma tontura terrível.

— A tontura é conseqüência e a certeza é a causa dela!

— Como é?

— Uma certeza que você possui está provocando esta tontura.

— É incrível como o senhor consegue ver tão bem o meu passado, mas não enxerga o momento presente!

— Fale mais filha!

— Na verdade o meu esposo vem cobrando certa coisa há seis anos e eu tenho um medo muito grande de “quebrar a cara” com a decisão que eu tomar. Eu tenho medo e não certeza!

— Você não está indecisa pelo medo, mas devido à certeza!

— Certeza?

— É! Certeza de que vai “quebrar a cara” se concordar com o seu marido.

— E qual é a diferença?

— Aquele que tem medo procura se precaver e se preparar para depois escolher um caminho. Após a escolha ele até teme pelo pior, mas não tem receios de viver um dia após o outro. Já aquele que tem a certeza de que vai “quebrar a cara” acabará “quebrando-a” por que será incapaz de enxergar o aprendizado da caminhada em sua decisão.

— Nisto você tem razão.

— Você entende que é a certeza que a vem impedindo de agir tal qual um pequenino tronco de madeira que consegue prender o mais potente elefante?

Neste instante, ao misturar imagens do presente com recordações do seu saudoso pai, Márcia chorou um copioso pranto.

O Caboclo Rompe Mato deixou que a tempestade passasse e somente quando chegou a bonança emotiva no coração de Márcia foi que ele disse:

— Toda escolha envolve perdas e ganhos: o importante é saber o que se quer perder e o que se deseja ganhar com uma determinada escolha.

— Você sabe de qual escolha eu estou falando, não sabe?

— Você, até sentar na frente deste Caboclo, tinha a certeza de que engravidar iria acabar com a paz em sua vida. Agora, depois da conversa que estamos tendo, esta certeza já não está tão clara em seu coração.

— É verdade!!! Mas...

— Fale filha!

— Qual é a relação desta certeza com a tontura que venho sentindo?

— Filha, esta gravidez foi programa no plano espiritual antes de seu reencarne e este Caboclo só pode dizer que é uma oportunidade que você vem esperando há muitas encarnações.

— É mesmo?

— Sim. E o seu espírito sabendo que a hora é chegada vem lhe fazendo recordar do compromisso assumido há tanto tempo.

— E isto vem causando a tontura?

— Não. A sua teimosia em não querer assumir o compromisso vem atraindo companhias espirituais indesejadas e grande desequilíbrio energético para você.

— Nossa, Caboclo Rompe Mato, eu não entendo muito do que você está falando, mas sinto a força da verdade em suas palavras dentro do meu coração!

— Que bom filha, pois este Caboclo só pode lhe dizer o que Tupã permite que seja dito.

— Eu entendo!

— Reflita no que Caboclo lhe disse e use o seu livre-arbítrio com sabedoria! Peça a Deus que lhe dê entendimento para discernir verdadeiramente o que é ganhar e o que é perder de acordo com as decisões que você tomar, entende?

— Sim senhor, mas...

— Solta língua seu filha!

— Será que o sonho que tenho desde criança, mas que vem se repetindo intensamente nos últimos seis meses, está relacionado com este meu compromisso pré-reencarnatório?

— Filha este Caboclo, no momento, só está autorizado a lhe dizer que assim que o seu filho nascer este sonho não mais se repetirá.

— Sim senhor, obrigada por tudo!

— Não agradeça a este Caboclo, agradeça a Tupã.

Dois anos depois deste atendimento Márcia senta-se com o seu filho na frente do Caboclo Rompe Mato e lhe diz:

— Senhor Caboclo eu vim aqui hoje por dois motivos, sendo que o primeiro é lhe agradecer pela vida do meu filho, Henrique.

— O Caboclo cruzou a testa da criança, olhou para Márcia e disse sorrindo:

— O seu curumim é lindo, mas Caboclo lembra de ter pedido a você que só agradecesse a Tupã, não é verdade?

— É verdade!

— Mas diga filha Márcia: qual foi o outro motivo que trouxe você para conversar com este Caboclo?

— É que eu tenho uma dúvida que para esclarecê-la eu teria que lhe contar aquele sonho que eu tinha desde criança e que, como o senhor mesmo me disse, parou de ocorrer desde o nascimento do Henrique.

— Pode falar filha!

— É que em meu sonho eu me via como esposa de um governante de um dos povos do antigo império babilônico. Eu via também que estava grávida, mas que o filho não era do meu esposo e sim de um escravo de nossa residência que tinha o nome de Josias.

Caboclo Rompe Mato recordava junto com Márcia quando lhe disse:

— Prossiga filha!

— Bom daí, de uma forma que eu não sei dizer como, o meu marido descobriu este fato e chicoteou...

O Caboclo Rompe Mato prosseguiu:

... chicoteou o escravo até matá-lo.

— Isto! Mas o que mais me impressiona foram as palavras ditas pelo escravo antes de morrer e que foram:... O Caboclo Rompe Mato prosseguiu:

— “...............não se preocupe , pois um dia eu a auxiliarei a trazer a criança de volta a vida”.

— Isto! Mas, como o senhor sabe?

— Continue a contar o sonho filha!

— Naquele momento eu não entendi o porquê do escravo haver dito aquelas palavras a mim; somente dois dias depois do seu óbito foi que descobri: meu marido obrigou-me a escolher entre ter a criança e ser vendida como escrava ou abortar e continuar como a amante dele. Visando apenas o meu conforto eu tive a certeza de que era melhor abortar, mas o meu marido, mesmo assim, vendeu-me como escrava, do resto não me lembro.

— E qual é a sua dúvida filha?

— É que o meu bebê, o Henrique aqui no meu colo, eu sinto como se ele fosse aquele escravo reencarnado, eu estou certa?

— Isto é coisa que Caboclo Rompe Mato não está autorizado a dizer só o seu próprio coração.

— Então está bem, agradeço a Deus por tudo, mas também não tem como deixar de agradecê-lo!

E, com um esboço de sorriso no canto dos lábios, o Caboclo disse a ela:

— Agradeça somente a Tupã filha! Este Caboclo é só um espírito ignorante!

Márcia sorriu ao recordar-se do quanto era pedante e preconceituosa com as práticas umbandistas há dois anos até o momento que conversou pela primeira vez com o Caboclo Rompe Mato.

O Caboclo despediu-se de Márcia e ela bateu ritualisticamente a cabeça no gongá em reverência e agradecimento a Deus.

A cambone do Caboclo Rompe Mato olhou para ele de forma quase suplicante ao solicitar:

— Posso falar com o senhor?

— Pode falar filha!

— É que eu gostaria muito de agradecer o aprendizado que obtive com o senhor neste atendimento: muitas vezes deixamos de agir, de optar, de escolher nem tanto por medo, mas pela certeza de que o caminho que escolhermos nos levará ao arrependimento. Jamais devemos agir com o intuito de errar, mas se errarmos devemos entender que isto só nos aproxima do jeito correto de se fazer as coisas.

— Caboclo está vendo que filha aprendeu mesmo, hein?

— Muitas vezes deixamos de agir não por medo de errar, mas pela prepotência de querermos sempre ser infalíveis e pela triste certeza de que é melhor não agir do que errarmos.

— Caboclo fica feliz com seu aprendizado, mas agradeça somente a Tupã por ele.

— Sabe senhor Caboclo foi incrível, quase inacreditável, como o senhor sabia descrever com minúcias o multissecular sonho da Márcia.

— Multissecular?

— É por que, como o senhor sabe, o império babilônico existiu há muitos séculos.

— Entenda, filha cambone, que você não deveria se espantar com este Caboclo por isto!

— Ah eu sei que não deveria mesmo, pois eu sei como o senhor é poderoso e..........

— ...............Filha cambone?

— Sim senhor Caboclo?

— Nunca mais repita que este Caboclo é poderoso!!!

— Desculpe!

— Este Caboclo sabe que você exerce há pouco tempo a tarefa de cambonar, mas nunca se esqueça que só Tupã é poderoso aliás, Todo Poderoso!

— Sim senhor!

— Não precisa ficar assustada, porque Caboclo não está brigando, mas tentando esclarecer você.

— Sim senhor!

— Caboclo sabia do sonho da filha Márcia não porque é poderoso, a justificativa é muito, mas muito mais simples!

— E o senhor poderia contar qual é?

— É que este Caboclo é contemporâneo da época em que ocorreu a história contada pela filha Márcia e é por isso que tem conhecimento do sonho narrado por ela, entendeu?

— Sim senhor!

— Então, por caridade, vá chamar a próxima assistência para este Caboclo atender por que a prática da caridade não pode parar, não é filha?

— É sim senhor! Deixa eu ir lá chamar a assistência!

E enquanto a cambone se afastava do Caboclo ele agradecia intimamente a Deus pela oportunidade de ter auxiliado na tarefa que há muito aguardava.

A cambone trazia uma senhora de aproximadamente sessenta e cinco anos de idade que seria o próximo atendimento da entidade e, enquanto isto acontecia, o Caboclo Rompe Mato passou a recordar dos tempos em que fora líder religioso de um povo que posteriormente foi feito escravo pelos caldeus. Na religião que ele professava eram ensinadas as verdades sobre a reencarnação, mas também a existência em um único Deus. Lembrou-se de que era casado e que, quando o seu povo foi feito escravo, o governante maior dos caldeus tomou a sua mulher para amante, sem saber que ela estava grávida do esposo há poucas semanas.

A entidade se recordava destes momentos referentes a esta encarnação com um profundo sentimento de respeito e gratidão ao Divino Criador pelo fato de tanto haver evoluído por meio do sofrimento, e, enquanto a próxima pessoa a ser assistida pela entidade sorria para ele e já se sentava no toco o Caboclo Rompe Mato terminava de agradecer a Deus por todo o crescimento espiritual que adquirira quando fora a encarnação do escravo caldeu que possuía, nesta referida época, o nome de Josias.

Fonte: http://pedrorangelsa.blogspot.com/

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Ouça os Pontos de Linha de Esquerda da Umbanda

"Reconhece-se o verdadeiro Espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que faz para domar as suas más inclinações "

Allan Kardec

A Umbanda não é responsável pelos absurdos praticados em seu nome, assim como Jesus Cristo não é responsável pelos absurdos que foram e que são praticados em Seu nome e em nome de seu Evangelho. Caboclo Índio Tupinambá.

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Saravá

Estrela de Davi - Dois triângulos sobrepostos, reunidos formando um hexagrama simbolizam a harmonia entre os dois opostos. O resgate e a ascensão de todas as almas rumo à espiritualidade. Pois em verdade aquele que se encontra em grau mais alto possui um correspondente em grau mais baixo. Esta simbologia refere-se ainda, à não estaticidade da evolução, pois não existem dores e tampouco infernos eternos, uma vez que, se a evolução é infinita, aquele que se situa no ponto mais alto, ao evoluir, leva consigo todo sistema, sendo que o que está no grau mais baixo, por sintonia, também subirá. Saravá o Astral Maior!

SARAVÁ!
SA = Força, Senhor RA = Reinar, Movimento VÁ = Natureza, Energia.
Saravá significa então a força que movimenta a natureza. Saravá também pode significar "Salve" ou "Viva". Na Umbanda, Saravá também é utilizada como uma saudação possuindo o sentido de "Salve sua força!", da força de Deus e da natureza que estão dentro da pessoa, como no mantra indiano namastê, que significa: o Deus que tem dentro de mim, saúda o deus que tem dentro de você. Saravá!