O Cristo simboliza o ponto em que Deus e o Homem se
tornam um só. É o símbolo da união divina. Neste ponto o homem está
completamente livre da prisão da matéria e da roda das sucessivas
reencarnações. Cristo e Buda possuem o mesmo significado filosófico. Sendo que
um foi “criado” pelos extremos orientais hindus e o outro pelos místicos
hebreus, que pregavam o Merkabah (carruagem) que era a carruagem que levava o
homem ao encontro de Deus.
O Judaísmo sempre foi muito complexo e em sua sociedade
existem várias escolas, pregando as mais diversas filosofias. Cada grupo
influenciado por várias outras correntes da palestina: Mitraismo, Zoroastrismo,
Osiris, Horus, Helenismo, Romanismo, Hinduismo, Gnostico, etc.... . Havia
também os materialistas, os que pregavam a aplicação literal das escrituras.
Entre estas escolas estão os Essênios, Fariseus e Saduceus. Cada grupo deste
subdivido em vários outros subgrupos. Cada um pregando uma forma de conduta, da
mais permissiva as mais revolucionarias.
Havia nas escrituras uma referencia a um Cristo, um
Messias, pregado nas profecias de Daniel e de Isaias. Sobre a figura deste
mítico Messias pairavam as mais diversas especulações, para uns seria um líder
revolucionário que livraria os Judeus do jugo de seus inimigos Romanos e
governaria o Reino de Israel de forma Justa. Para outros se tratava de um líder
místico, o Buda Judaico. Provavelmente os Cristãos Primitivos nasceram desta
idéia, de acordo com os Manuscritos de Qunram. Desta escola eram os Essênios e
suas variantes:
Havia grupos que também acreditavam no meio termo: O
Cristo Místico e o Messias Revolucionário, um rei-sacerdote, que livraria
Israel de seus inimigos pela força. Indícios nos levam a crer que o Homem que
ganhou o nome de Jesus, o filho do homem, de acordo com o profeta Daniel foi um
líder místico de uma destas escolas e que desagradou às tendências judaicas
mais permissivas e mancomunadas com os romanos, além do próprio governo romano.
Esse Homem (Jesus) é o Cristo por excelência para
nós, pois é o Governador do Planeta Terra, o Logos Planetário, Espírito Puro,
já chegado à condição crística, unindo-se ao Seu Deus e Criador e cooperando
com Ele na obra da criação.
Tomé (o gêmeo) perguntou a Jesus como conhecer o
caminho para também ser uno com Deus, ele respondeu: Eu sou o caminho, a
verdade e a vida, ninguém vem (verbo indicando que ele já está ao lado do Pai)
ao Pai a não ser por mim. Isso quer dizer que o comportamento justo, digno,
humanitário e social é o caminho da união com Deus. Esse
mesmo caminho que tantas filosofias religiosas sérias pregam. Como a Umbanda, o
Budismo, Hinduísmo, etc. Não é a religião que leva ao Pai e sim o
comportamento, a postura humana que eleva o ser humano.
Na Umbanda, a figura do Cristo místico, uno com o
Pai, com toda sua bagagem filosófica cristã é base essencial de sua Doutrina.
Jesus é, para o Umbandista, o Filho de Deus que como Governador, Cristo
Planetário da Terra, derrama de Suas mãos amorosas as 07 Vibrações Sagradas e
Divinas, com suas regências e hierarquias, sobre o Planeta Terra. Ele, o Senhor
Jesus Cristo, reflete diretamente sua Luz sobre a Vibração de Oxalá, que
irradia a Fé e a Religiosidade no nosso Planeta. Não se deve confundir Oxalá,
regente da Vibração da Fé e da Religiosidade, com Jesus, o Cristo Senhor,
Divino Senhor da Luz, que muitas vezes, erroneamente, também é chamado de
Oxalá.
“Jesus e Oxalá não são a mesma Entidade”
Oxalá é o Orixá do ar e está presente em toda parte.
A condição humana a que Oxalá está ligado é a sabedoria, a paciência, a
paternidade. O nome Oxalá significa literalmente Senhor do Branco. Jesus e
Oxalá não são a mesma Entidade. Enquanto um é a irradiação da Fé para o Planeta
Terra, Jesus é o Cristo Cósmico, o Verbo de Deus, Governador do Planeta e Logos
Planetário da Terra. Ele, abaixo de Deus, é o Senhor Absoluto do nosso Planeta
e de todos os espíritos encarnados e desencarnados aqui existentes,
conduzindo-os pelos patamares da evolução.
Sua encarnação na Terra como Jesus de Nazaré visou
precisamente nos ajudar na subida dessa íngreme escada evolutiva em direção da
felicidade suprema em Deus. Por isso o nosso Cristo, em Jesus de Nazaré,
tornou-se nosso Mestre Divino.
A importância da filosofia cristã para a Umbanda é
fundamental e está na base de suas raízes, pois nos leva ao amor e respeito a
Deus, à natureza e ao semelhante, bem como a ajuda ao próximo. São atributos
essenciais para o bem viver social. Isso é o que permite que, apesar da imensa
variedade de vivências e formas de entender e trabalhar na Umbanda, nenhuma
delas perde o essencial, que une todas em torno da sua finalidade, que é a sua
essência: Caridade, equilíbrio, fraternidade e paz da religião.
Na Umbanda, religião espiritualista cristã, Jesus é
o Mestre espiritual, nosso modelo de espírito consciente de suas
responsabilidades e deveres para com o bem comum. É o símbolo vivo, dinâmico,
da espiritualidade, e sua presença na Umbanda é vital para conhecermos o
caminho, a verdade e a vida, através de sua filosofia deixada e encontrada
facilmente nos Evangelhos. A Umbanda não é Catolicismo, mas é Cristã, já que a
figura de Cristo é essencial aos nossos ideais espirituais de trabalho.
Jesus é o Mestre umbandista que está sempre no alto
do Congá, olhando nossos trabalhos, nos ajudando e se deixando ver, para que
saibamos que não estamos sozinhos e desassistidos da ajuda divina.
Fonte: http://www.cabanarompemato.net
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