A Umbanda vivencia o Evangelho de Jesus em sua essência através da manifestação do amor e da caridade prestada pela orientação dos Guias, Mentores e Protetores que recebem a irradiação dos Orixás. Encontramos no terreiro da verdadeira Umbanda entidades que trabalham com humildade, de forma serena, caritativa e gratuita; espíritos bondosos que não fazem distinção de raça, cor ou religião, e acolhem todos que buscam amparo e auxílio espiritual, conforto para dores, aflições e desequilíbrios das mais variadas ordens.

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quinta-feira, 22 de março de 2012

Diferenças Mediúnicas entre Umbanda e Kardecismo

No livro “Lições de Umbanda e Quimbanda na Palavra de Um Preto-Velho” – W. W. da Matta e Silva, há um relato de Pai Ernesto de Moçambique sobre a diferença entre a mediunidade da “mesa kardecista” e a mediunidade de Umbanda :
“Pergunta : Existe alguma diferença entre a mediunidade da mesa kardecista e a mediunidade de Umbanda?
Resposta : “Sim! A mediunidade no chamado espiritismo de mesa é acentuadamente mental, as comunicações são quase telepáticas, predominantemente inspirativas, isto e’, os espíritos atuam mais sobre a mente dos médiuns, pois a atividade do espiritismo se processa mais no plano mental. Espiritismo de mesa não tem a missão de atuar no baixo astral contra os elementos de magia negra, como acontece com a Umbanda. Ele é quase exclusivamente doutrinário, mostrando aos homens o caminho a ser seguido a fim de se elevarem verticalmente a Deus. Sua doutrina fundamenta-se principalmente na reencarnação e na Lei da Causa e do Efeito. Abre a porta, mostra o caminho iluminado e aconselha o homem a percorre-lo a fim de alcançar a sua libertação dos renascimentos dolorosos em mundos de sofrimentos, como é o nosso atualmente, candidatando-se à vivência em mundos melhores. Em virtude disso, a defesa do médium kardecista reside quase exclusivamente na sua conduta moral e elevação dos sentimentos, portanto os espíritos da mesa kardecista, após cumprirem suas tarefas benfeitoras, devem atender outras obrigações inadiáveis.
É da tradição espirita kardecista que os espíritos manifestem-se pelo pensamento, cabendo aos médiuns transmitirem as idéia com o seu próprio vocabulário e não as configurações dos espíritos comunicantes.
Em face do habitual cerceamento mediúnico junto às mesas kardecistas, os espíritos tem de se limitar ao intercâmbio mais mental e menos fenomênico, isto é, mais idéias e menos personalidade. Qualquer coação ou advertência contraria no exercício da mediunidade reduz-lhe a passividade mediúnica e desperta a condição anímica. Por esta razão há muito animismo na corrente kardecista.
A faculdade mediúnica do médium ou cavalo de Umbanda é muito diferente da do médium kardecista, considerando-se que um dos principais trabalhos da Umbanda é atuar no baixo astral, submundo das energias degradantes e fonte primaria da vida.
Os médiuns de Umbanda lidam com toda a sorte de tropeços, ciladas, mistificações, magias e demandas contra espíritos sumamente poderosos e cruéis, que manipulam as forcas ocultas negativas com sabedoria. Em conseqüência o seu desenvolvimento obedece a uma técnica especifica diferente da dos médiuns kardecistas. Para se resguardar das vibrações e ataques das chamadas falanges negras, ele tem de valer-se dos elementos da natureza, como seja: banhos de ervas, perfumes, defumações, oferendas nos diversos reinos da natureza, fonte original dos Orixás ,Guias e Protetores, como meios de defesa e limpeza da aura física e psíquica, para poder estar em condições de desempenhar a sua tarefa, sem embargo da indispensável proteção dos seus Guias e Protetores espirituais, em virtude de participarem de trabalhos mediúnicos que ferem profundamente a ação dos espíritos das falanges negras, isto e’, do mal que os perseguem, sempre procurando tirar uma desforra.
Por isso a proteção dos filhos de Terreiro é constituída por verdadeiras tropas de choque comandadas pelos experimentados Orixás, conhecedores das manhas e astucias dos magos negros. Sua atuação é permanente na crosta da Terra e vigiam atentamente os médiuns contra investidas adversas, certos de que ainda é muito precária a defesa guarnecida pela evocação de pensamentos ou de conduta moral superior, ainda bastante rara entre as melhores criaturas. Os Chefes de Legião, Falanges, Sub-falanges, Grupamentos e Protetores, também assumem pesados deveres e responsabilidade de segurança e proteção de seus médiuns. É um compromisso de serviço de fidelidade mutua, porem, de maior responsabilidades dos Chefes de Terreiro.
Dai as descargas fluídicas que se processam nos Terreiros, após certos trabalhos, com a colaboração das falanges do mar e da cachoeira, defumação dos médiuns e do ambiente e dando de beber a todos água fluidificada. Espirito que encarna com o compromisso de mediunidade de Umbanda, recebe no espaço, na preparação de sua reencarnação, nos seus plexos nervosos ou chacras, um acréscimo de energia vital eletromagnética necessária para que ele possa suportar a pesada tarefa que irá desempenhar.
Na corrente kardecista, isto não é necessário, em virtude de não ter de enfrentar trabalhos de magia negra, como acontece na Umbanda, e mesmo permitir aos guias atuarem-lhe mais fortemente nas regiões dos plexos, assumindo o domínio do corpo físico e plastificando suas principais características. Enato vemos Caboclos e Pretos-velhos revelarem-se nos Terreiros com linguagem deturpada para melhor compreensão da massa humilde, assim como as crianças, encarnando suas maneiras infantis para melhor aceitação das mesmas.”

O Silêncio é uma Prece?



Placa muito encontrada em vários terreiros, “O Silêncio é uma Prece”, leva muitos a uma reflexão sobre os minutos que antecedem uma gira, com base, principalmente, na concentração dos médiuns para facilitar a incorporação. Outro ponto relacionado à placa, são as rodinhas de fofocas, tanto entre os consulentes, quanto com os médiuns da casa.

Neste caso, silêncio é uma prece e evita fofocas.

Mas há ou não fundamento no silêncio?

1.       Sim, o silêncio é uma prece.

Lado positivo:
Como exposto acima, quanto mais silêncio tivermos, mais concentrados os médiuns ficam, normalmente fixam o foco nas coisas que devem fazer durante a gira, organizam e facilitam o acesso aos apetrechos e ferramentas de trabalhos dos guias;

A vontade de falar com a pessoa ao lado sobre os dias anteriores a gira, sobre sua vida e de outras pessoas acaba sendo presa internamente, evitando fofocas no ambiente sagrado;

O silêncio, quando bem aproveitado, funciona nas preces íntimas de cada um, ajudando no direcionamento dos problemas aos guias que já estão trabalhando no plano espiritual e na possível solução de cada um deles.

Lado negativo:
Pessoas hiperativas ou com problemas de concentração não conseguem ficar paradas por muito tempo, vão buscar outras coisas pra fazer e provavelmente irão provocar mais barulho arrumando suas coisas do que se estivessem conversando com alguém;

Aquelas pessoas que já são organizadas, que chegam com as ferramentas de seus guias em ordem, ficarão entediadas com o passar do tempo e muito provavelmente começarão a chegar alguns minutos antes de começar a gira. Outras pessoas perceberão que, chegar em cima da hora, é melhor do que ficar parado “olhando para as paredes”, ou seja, o terreiro ficará praticamente vazio momentos antes do início do trabalho e, repentinamente, todos chegam juntos;

Se não é permitido conversar dentro do terreiro as pessoas conversam do lado de fora, antes e ou depois da gira. O maior problema causador de barulhos, reclamado pela vizinhança de um terreiro, é o bate papo nas ruas, e não o som dos atabaques e da música.

2.       Não, o silêncio não é uma prece.

Lado positivo:
Se for permitida a conversa, num tom moderado, as pessoas permanecem dentro do terreiro e não causam transtornos à vizinhança;

Os membros da corrente mediúnica conseguem arrumar suas coisas e a dos guias enquanto tiram dúvidas entre si, ajustando suas mentes com a gira que irá ocorrer;

Todos os sons emitidos pelas pessoas, guias, atabaques e outros instrumentos, geram energias, e essas energias são utilizadas pelos guias para o trabalho, ou seja, até mesmo conversas geram energias que podem ser usadas pelos guias.

Lado negativo:
Mesmo pedindo moderação, as pessoas perdem a noção do nível e elevam a voz constantemente;

Mesmo os membros da corrente mediúnica acabam gerando fofocas;

As conversas geram energias, mas conversas mal intencionadas geram energias negativas, o que acarreta trabalho extra para os guias para processar essa energia.

Optar pelo silêncio traz o benefício de a pessoa ter aquele momento só para ela e poder direcionar seus problemas para os guias.

Permitir a emissão sonora é benéfico para aumentar a geração de energias, facilitando o trabalho dos guias.

Não podemos afirmar que um ou outro modelo está certo, menos ainda visitar uma casa de fé e criticar a postura adotada, pois os pontos positivos e negativos valem para qualquer caso.

Acreditamos que a melhor maneira seja explicitar todos os motivos pela escolha de um ou outro modelo, para que cada um saiba pesar seus atos dentro do terreiro. Esses motivos devem ser constantemente lembrados a todos, incluindo assistência, para que não fuja a real intenção de ensinar, facilitar o trabalho dos guias e praticar a caridade.

Por: Newton C. Marcellino

quarta-feira, 21 de março de 2012

Espiritualidade e Equilíbrio



Duas palavras que andam juntas, pois caminhando na espiritualidade conseguimos chegar mais próximos ao equilíbrio.

Equilíbrio em todos os aspectos; emocional, nos relacionamentos, nos problemas do dia a dia, saúde e o principal: o equilíbrio de nosso Eu.

A espiritualidade traz este equilíbrio, passamos a saber transformar os problemas em soluções, em aprendizados.

O mundo em volta de nós muda, as pessoas e os acontecimentos. O que ontem parecia ser o fim do mundo, hoje é o começo, uma descoberta para tranquilidade e harmonia pessoal.

É como se descobríssemos um dom, o dom de transmutar tudo que é ruim em algo simples, normal, fácil de lidar.

Ainda não sabemos o quanto pode ser fácil ser feliz.

Corremos atrás de uma felicidade imposta pelos homens, status, dinheiro, fama. Quando na verdade a real felicidade está perto de nós, nas coisas mais simples da vida.

Num dia agradável com quem se ama, com a família, em momentos na natureza, sentindo um pouco o que Deus nos dá de presente, todos os dias.

Quando realmente nos damos conta da verdadeira felicidade, pode ser tarde! Os filhos cresceram, a natureza que um dia foi abundante, pode estar se acabando, o verdadeiro amor que sempre estava a seu lado pode ter partido ou desistido de te amar.

Novos tempos, novas descobertas. Hoje em dia temos acesso a tudo que queremos!

Busque a espiritualidade é a chave para o equilíbrio e felicidade plena.

Permita-se ser feliz.

Luz da Serra.

Fonte: http://arcanjosemestres.blogspot.com.br/

segunda-feira, 19 de março de 2012

Somos Crianças Sim! Crianças de Aruanda!



Olá Irmãos de Fé, mais uma vez em homenagem às nossas Crianças da Umbanda venho reforçar e esmiuçar como estes Espíritos Mestres Astrais trabalham e se apresentam dentro da Egrégora de Umbanda. Vamos com a alegria destas Entidades passear por cada tópico abaixo:

A roupagem fluídica escolhida por esta Linha de Trabalho é voltada para estimular a pureza de coração, característica que devemos estimular em nós mesmos para caminharmos felizes e em paz.

Trabalham espíritos que, depois de desencarnados, ainda se veem como crianças. Esses trabalhos se desenvolvem nos Terreiros, sob supervisão de Espíritos de Luz trabalhadores integrantes das colônias de amparo a “crianças” no plano espiritual. Esses espíritos que acham que são crianças são levados a incorporar durante as Giras até despertarem para sua verdadeira realidade espiritual.

Também trabalham nas Giras espíritos com perispírito muito sutil, de padrão vibratório muito elevado, como antigos Mestres do Egito, cientistas, Mestres da Magia Branca que decidem usar a forma astral de uma criança, pois exemplifica a simplicidade e, ao mesmo tempo, a força de realização. Esses espíritos tem a capacidade de realizar enormes trabalhos de magia e de caridade através da força de seu pensamento.

Alguns espíritos que trabalham na Linha das Crianças, quando incorporados, comem doces e bebem refrigerante. Os seguintes fatores podem explicar essa prática:

Primeiro, o alimento doce, rico em glicose, é utilizado pelas Entidades em pequenas quantidades, para repor rapidamente a energia dos médiuns, devido ao desgaste natural resultante da atividade mediúnica (doação de ectoplasma), ou como veículo para a distribuição de fluidos de harmonia e de tratamento (curas físicas/espirituais) para as pessoas.

Segundo, o médium normalmente gosta de comer doces e/ou acha que o espírito em forma de criança tem que comer doces, influenciando o comportamento da Entidade.

Por isso, não há necessidade que se estimule o consumo de doces durante os Trabalhos, pois se for necessário para o trabalho espiritual, e se for parte da forma de trabalho daquela Entidade, a própria irá pedir determinado tipo de alimento que se faça necessário. É bom lembrar que essas Entidades sabem manipular a matéria, e por isso, as necessidades físicas das irradiações podem ser supridas através da manipulação de outros elementos como frutas, água e elementos do ar (som).

Enfatizando que uma Entidade de Luz não vai utilizar de alimentos para agredir, desrespeitar ou sujar uma outra pessoa. Nos casos em que isso ocorre, vemos a influência anímica do médium, que se utiliza da manifestação de uma Criança para estimular, consciente ou inconscientemente, sua imaturidade e indisciplina. Nos raros casos nos quais a Entidade requer que, para a realização de um trabalho espiritual alguma pessoa, além do médium, seja propositalmente “sujada” com algum alimento, esse procedimento não será realizado sem o consentimento da pessoa em questão, e é compreendido como uma terapêutica inerente àquele caso.

A manifestação de uma Entidade na Linha das Crianças estimula, naturalmente, a “criança interior” do médium; isso é uma oportunidade que o médium tem de entrar em contato com sua pureza de coração, alegria interior e simplicidade. Quando em processo de amadurecimento e aprendizado, no entanto, é natural que os médiuns desabrochem características de sua própria infância terrena ou características reprimidas de sua personalidade. Cabe aos médiuns de auxílio ao desenvolvimento mediúnico, nos casos em que essas características não se ajustem a um trabalho de caridade que busca a espiritualização do ser, orientar o médium com carinho, respeito e compreensão. 

Há também, como mencionamos acima, a possibilidade de que o médium esteja trabalhando com um Espírito que seja, de fato, imaturo, sob supervisão dos Espíritos de Luz. Nesse caso, o objeto da orientação deve ser a própria Entidade.  Como a distinção entre a personalidade do médium e o Espírito incorporante, não será na maioria das vezes clara, essa orientação deverá ser feita durante os trabalhos na Gira para que tanto o médium quanto o Espírito incorporado se beneficiem da orientação.

As Entidades que trabalham na Linha das Crianças normalmente fazem trocas de energias com o médium através do chakra laríngeo. Apresentando por esse motivo uma voz fina, aguda proporcionada pela contração física da glote, na região da garganta. Essa é uma das características do arquétipo da Criança da Umbanda na qual o Espírito escolheu se expressar.

Nossos queridos Pretos Velhos e Pretas Velhas tem uma importante contribuição para com a Linha das Crianças, pois a história nos conta que na época da escravidão muitos espíritos que desencarnaram como Pretas Velhas na Terra exerciam a função de babás, cuidando de muitas crianças, e ao desencarnarem escolheram manter esta tarefa trabalhando nas colônias espirituais que recebem os espíritos cristalizados na forma infantil. A figura da Preta Velha ou do Preto Velho são símbolos de autoridade, carinho e o respeito de uma figura materna ou paterna para essas crianças espirituais, e bons exemplos para as crianças encarnadas.

Invariavelmente a Umbanda, sempre e principalmente, na Linha das Crianças nos sinaliza que o caminho que devemos percorrer rumo à espiritualidade deve ser impregnado do amor e da pureza, tão bem representado nos Espíritos de Luz da Linha das Crianças. Sentimentos em profunda harmonia com Pai Oxalá.

Por Tania Wentzel

domingo, 18 de março de 2012

Os Perigos e Conseqüências da Mediunidade Mal Orientada

A falta de doutrina e de comprometimento que existe, em muitas casas espiritualistas, coloca em risco a saúde física e psicológica dos médiuns.

Para se ter idéia, há casas que iniciam qualquer pessoa que tenha vontade em trabalhos de desenvolvimento mediúnico de incorporação.

E as pessoas que começam a frequentar os trabalhos, por não terem a menor noção do que é certo ou errado, se submetem.

Na verdade, existem casos em que a mediunidade de incorporação nunca vai se manifestar porque o médium deverá desenvolver outras formas de mediunidade.

Consequentemente, tentando fazer incorporar quem não deve, surgem atrapalhações de toda ordem.

A mediunidade deve ser desenvolvida de forma progressiva e individualizada, e o bom desenvolvimento do corpo mediúnico depende muito da firmeza e da competência do chefe encarnado do grupo e do espírito dirigente dos trabalhos.

Na Terra, a esfera material das diversas formas de religião é conduzida pelos encarnados, o que inclui a organização das casas, a orientação das pessoas e até a redação dos textos que explicam os fenômenos espirituais.
É justamente por se tratar de “coisa de humanos” que a religião muitas vezes é deturpada.
Se os espíritos de luz pudessem atuar sozinhos, várias situações inoportunas deixariam de acontecer.
Mas os trabalhos religiosos na Terra precisam da união do plano físico e do espiritual.
Sem o fluido animal dos médiuns, não é possível para os espíritos atuar em nosso nível vibratório.. Daí a grande importância dos médiuns e também da assistência nos trabalhos religiosos.
Quando um dirigente religioso, independente da linha em que trabalhe, se deixa envolver pelo ego, passa a acreditar que é dono-da-verdade e, o que é ainda pior, que é dono das pessoas sua mente se fecha para as orientações do plano espiritual que deveriam orientar sua conduta, porque sua vontade passa a ser mais importante.
Quando o chefe dos trabalhos “se perde”, os espíritos não compactuam com os erros cometidos, mas respeitam o livre-arbítrio de todos. Ficam à parte, aguardando que a situação se modifique para novamente poderem trabalhar com seus médiuns.
As pessoas não ficam desamparadas, mas os espíritos não compactuam com o ego. Há trabalhos que, irresponsavelmente, surgem em função da vontade que têm algumas pessoas de dirigirem grupos. Se uma pessoa resolve iniciar uma sessão, a responsabilidade é dela. Os seus protetores não vão puni-la por isso, mas toda a carga que surge em função dos trabalhos vai ser também responsabilidade dela.
Surgem, em função disso, muitas complicações, para quem dirige e para quem é dirigido. Portanto, não bastando atrapalhar a si mesmo, o chefe deverá arcar com as consequencias do que provoca para o corpo mediúnico de sua casa.
O mesmo vale para quem decide que vai prestar “atendimentos espirituais” ou outros tipos de “trabalho” relacionados, sem as devidas proteções que só uma casa, com os devidos calços, pode ter.
Toda aplicação do dom mediúnico deve estar sobre a proteção de uma corrente espiritual e de uma chefia realmente capacitada.
Infelizmente, em muitas casas sem boa direção espiritual, exerce-se o hábito de desenvolver a mediunidade em pessoas obsediadas, causando-lhes desequilíbrios ainda piores do que a própria obsessão.
São pessoas que, estando claramente doentes, são levadas a abrirem seus canais de mediunidade, irresponsavelmente, a fim de supostamente se curarem.
A pessoa perturbada chega nos trabalhos e é aconselhada a desenvolver… porque tem mediunidade. Deveria procurar entender o que acontece consigo, através da doutrina, e não sair procurando um lugar para “desenvolver” Situações como essa, ocorrem devido ao pouco conhecimento doutrinário dos dirigentes das casas e até dos médiuns que dão consultas, acreditando que estão falando pelos espíritos.
A mediunidade perturbada pela obsessão não merece incentivo.
No aspecto patológico, existem aqueles que, por desequilíbrios neurológicos, se comportam como vítimas de processos obsessivos.
Nestes casos, também é inoportuno o desenvolvimento das faculdades mediúnicas.
Mentores espirituais de casas honestas cuidam de tratar desses processos obsessivos até que os fenômenos cessem, e o enfermo, curado, possa retomar suas atividades normais e, quem sabe, desenvolver sua mediunidade.
Tudo está muito bem, se o médium está preparado, saudável e consciente de que desenvolver a mediunidade é o que realmente deseja e de que realmente precisa.
Por outro lado, se a pessoa está desequilibrada, doente, desenvolvendo algo que nem sabe exatamente o que é, possuir um canal aberto será algo muito perigoso.
Em ambos os casos, haverá a possibilidade da comunicação com o mundo dos espíritos, e um médium despreparado não vai saber identificar, nem filtrar,mensagens boas de mensagens oriundas de espíritos obsessores.
Por isso, desenvolver a mediunidade em quem não está preparado permite que as obsessões se manifestam pelo canal mediúnico que foi aberto, ocasionando demências em diferentes graus.
A mediunidade não é causadora da enfermidade ou da loucura. É o seu desenvolvimento indevido que permite que um espírito obsessor dela se utilize para instalar, na mente de sua vítima, a enfermidade mental.
Pensar na mediunidade como causa desses distúrbios seria o mesmo que culpar a porta de uma casa pela entrada do ladrão. A porta foi somente o meio ou a via de acesso utilizada para a realização do furto, por negligência e desatenção do dono da casa.

Precisamos também conhecer a fadiga mediúnica. O exercício da mediunidade provoca perda de fluidos vitais do corpo do médium e tende a esgotar os seus campos energéticos. Por isso os dirigentes capacitados dedicam especial atenção e cuidado para com os médiuns iniciantes.

É comum encontrar médiuns desequilibrados, atuando em grupos espiritualistas, onde incluem-se até mesmo os brandos trabalhos de mesa kardecistas.

Em alguns casos, o descontrole psíquico pode levar o indivíduo à loucura,principalmente no caso das pessoas predispostas ao desequilíbrio.

Convém que o dirigente espiritual esteja atento à conduta dos médiuns, para perceber indícios de anormalidade.

Mediunidade é uma atividade psíquica séria, e a ela só devem se dedicar pessoas que se disponham a ter conduta religiosa, ou seja, uma moral sadia e hábitos disciplinados.

A prática da mediunidade em obsediados é capaz de produzir a loucura.

A irresponsabilidade e incompetência de dirigentes nos critérios de admissão e instrução de seus trabalhadores pode culminar em demência. Basta imaginar a situação em que uma pessoa obsediada é submetida a entidades hipócritas.

É fácil imaginar que se estabelecerá um processo de fascinação que pode culminar em demência.

Lembremos que a humildade, a dedicação, a paciência e a renúncia são os caminhos do crescimento mediúnico.

O orgulho e os maus espíritos são seus obstáculos.

A mediunidade, assim como todos os dons, possui dois lados.

Se, por um lado, é fonte de abençoadas alegrias; por outro, pode ser também de profundas decepções.

Mas isso nunca deve ser motivo para que alguém desista de desenvolver a sua mediunidade, de cumprir a sua missão, pois ela é simples e gratificante na vida das pessoas que a abraçam como missão de serviço nas legiões do Grande Pai Oxalá.

Por Jorge Menezes
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Ouça os Pontos de Linha de Esquerda da Umbanda

"Reconhece-se o verdadeiro Espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que faz para domar as suas más inclinações "

Allan Kardec

A Umbanda não é responsável pelos absurdos praticados em seu nome, assim como Jesus Cristo não é responsável pelos absurdos que foram e que são praticados em Seu nome e em nome de seu Evangelho. Caboclo Índio Tupinambá.

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Saravá

Estrela de Davi - Dois triângulos sobrepostos, reunidos formando um hexagrama simbolizam a harmonia entre os dois opostos. O resgate e a ascensão de todas as almas rumo à espiritualidade. Pois em verdade aquele que se encontra em grau mais alto possui um correspondente em grau mais baixo. Esta simbologia refere-se ainda, à não estaticidade da evolução, pois não existem dores e tampouco infernos eternos, uma vez que, se a evolução é infinita, aquele que se situa no ponto mais alto, ao evoluir, leva consigo todo sistema, sendo que o que está no grau mais baixo, por sintonia, também subirá. Saravá o Astral Maior!

SARAVÁ!
SA = Força, Senhor RA = Reinar, Movimento VÁ = Natureza, Energia.
Saravá significa então a força que movimenta a natureza. Saravá também pode significar "Salve" ou "Viva". Na Umbanda, Saravá também é utilizada como uma saudação possuindo o sentido de "Salve sua força!", da força de Deus e da natureza que estão dentro da pessoa, como no mantra indiano namastê, que significa: o Deus que tem dentro de mim, saúda o deus que tem dentro de você. Saravá!