A Umbanda vivencia o Evangelho de Jesus em sua essência através da manifestação do amor e da caridade prestada pela orientação dos Guias, Mentores e Protetores que recebem a irradiação dos Orixás. Encontramos no terreiro da verdadeira Umbanda entidades que trabalham com humildade, de forma serena, caritativa e gratuita; espíritos bondosos que não fazem distinção de raça, cor ou religião, e acolhem todos que buscam amparo e auxílio espiritual, conforto para dores, aflições e desequilíbrios das mais variadas ordens.

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domingo, 23 de junho de 2013

Como lidar com os Anjos e os Demônios Interiores



A razão não aparece como a realidade primeira. Antes dela há todo um universo de emoções que agitam o ser humano. Acima dela, há inteligência. 

O ser humano constitui uma unidade complexa: é simultaneamente homem-corpo, homem-psique e homem-espírito. Detenham-nos no homem-psique, vale dizer, no seu mundo interior, urdido de emoções e paixões, luzes e sobras, sonhos e utopias. como há um universo exterior, feito de ordens-desordens-novas ordens, de devastações medonhas e de emergências promissoras, assim há também um mundo interior, habitado por anjos e demônios. Eles revelam tendências que podem levar à loucura e à morte e a energias que nos podem trazer realização e felicidade.

Como observava o grande conhecedor dos meandros da psique humana C. Gl Jung, a viagem rumo ao próprio centro pode ser mais perigosa e longa do que a viagem à Lua e às estrelas.

Há uma questão nunca resolvida satisfatoriamente entre os pensadores da condição humana: qual é a estrutura de base de nossa interioridade, de nosso ser psíquico? Muitas são as intérpretes.

Sustentamos a tese de que a razão não comparece como a realidade primeira. Antes dela há todo um universo de emoções que agitam o ser humano. Acima dela há inteligência, pela qual intuímos a totalidade, nossa abertura ao infinito e o êxtase da contemplação do ser. As razões começam com a razão. A razão mesma é sem razão. Ela simplesmente está aí, indecifrável.

Mas ela remete a dimensões mais primitivas da realidade humana, das quais se alimenta e que a perpassam. A razão pura knatiana é uma ilusão. A razão sempre vem impregnada de emoção, fato aceito pela moderna epistemologia. A cosmologia contemporânea inclui na ideia do universo não apenas energias, galáxias e estrelas, mas também o espírito e a subjetividade.

Conhecer é sempre entrar em comunhão interessada e afetiva com o objetivo do conhecimento. Tenho sempre sustentado que o estatuto de base do ser humano não reside no cogito cartesiano (no eu penso, logo sou), mas no sentido platônico-agostiniano ( no eu sinto, logo existo), no sentido profundo. Este não põe em contato com as coisas, percebendo-nos parte de um todo maior, sempre afetando e sendo afetados. Mais que ideias e visões de mundo, são os sentidos, o amor e seus contrários, que nos movem.

A razão sensível lança suas raízes no surgimento da vida, há 3,8 bilhões de anos, quando as primeiras bactérias irromperam e começaram a dialogar quimicamente com o meio para sobreviver. Esse processo se aprofundou a partir do momento em que surgiu o cérebro lambisco dos mamíferos, há mais de 125 milhões de anos, portador de cuidado e amor pela cria. É a razão emocional que alcançou o patamar autoconhecimento e inteligente com os seres humanos, pois também somos mamíferos.

O pensamento ocidental é logocêntrico e antropocêntrico e sempre colocou sob suspeita a emoção por medo de prejudicar a objetividade da razão. Em alguns setores da cultura, criou-se uma espécie de lobotomia, quer dizer, uma grande insensibilidade face ao sofrimento humano e aos padecimentos  pelos quais tem passado a natureza e o planeta.

Nos dias atuais, nos damos conta da urgência de, junto com a razão intectual irrenunciável, incluir a razão sensível e cordial. Se não voltarmos a sentir com afeto e amor a Terra como nossa Mãe e nós, como a parte consciente e inteligente dela, dificilmente nos moveremos para salvar a vida, sanar feridas e impedir catástrofes.

Ninguém nos poderá substituir. Somos condenados a ser mestres e discípulos de nós mesmos. 

A viagem rumo ao próprio contro pode ser perigosa e longa.

Por Leonardo Boff


Como lidar com os anjos e os demônios interiores?

O caminho é simples e claro, alem de conhecido há milenios.

Desapego dos apegos materiais - o 'é meu' e o 'eu tenho.

Desapego dos apegos sentimentais - o 'eu amo' e o 'eu não amo'

Desapego dos apegos morais - o 'eu sei'

Desapegando-se, o espírito que vive uma encarnação libera-se de tudo o que o prende a matéria ou os demônios interiores. Todos os apegos são absolutamente materiais.

Além disto, o espírito que vive uma encarnação deve compreender o que o move. E são apenas quatro os sentimentos que o movem e dirigem a mente e portanto os passos. Cada um destes sentimentos possui dois aspectos o positivo e o negativo. Aprender a não reagir a estes sentimentos abre o caminho do espirito ao encontro dos anjos interiores:

O desejo de ganho e o medo da perda;

A busca do prazer e a fuga do desprazer;

A busca do elogio e o medo da crítica;

A busca da fama e o medo da infâmia.

Tudo o que Deus criou é sempre muito simples na essência, não o compliquemos.

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"Reconhece-se o verdadeiro Espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que faz para domar as suas más inclinações "

Allan Kardec

A Umbanda não é responsável pelos absurdos praticados em seu nome, assim como Jesus Cristo não é responsável pelos absurdos que foram e que são praticados em Seu nome e em nome de seu Evangelho. Caboclo Índio Tupinambá.

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Saravá

Estrela de Davi - Dois triângulos sobrepostos, reunidos formando um hexagrama simbolizam a harmonia entre os dois opostos. O resgate e a ascensão de todas as almas rumo à espiritualidade. Pois em verdade aquele que se encontra em grau mais alto possui um correspondente em grau mais baixo. Esta simbologia refere-se ainda, à não estaticidade da evolução, pois não existem dores e tampouco infernos eternos, uma vez que, se a evolução é infinita, aquele que se situa no ponto mais alto, ao evoluir, leva consigo todo sistema, sendo que o que está no grau mais baixo, por sintonia, também subirá. Saravá o Astral Maior!

SARAVÁ!
SA = Força, Senhor RA = Reinar, Movimento VÁ = Natureza, Energia.
Saravá significa então a força que movimenta a natureza. Saravá também pode significar "Salve" ou "Viva". Na Umbanda, Saravá também é utilizada como uma saudação possuindo o sentido de "Salve sua força!", da força de Deus e da natureza que estão dentro da pessoa, como no mantra indiano namastê, que significa: o Deus que tem dentro de mim, saúda o deus que tem dentro de você. Saravá!